O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedroso, diz que o Estado obteve o certificado de território livre de aftosa sem vacinação há oito anos e que agora começa a colher os frutos desse processo. Ele lembra que o novo status foi reivindicado principalmente pela agroindústria, e que não sofreu resistência por parte dos bovinocultores.
“A agroindústria, principalmente a ligada à suinocultura, queria chegar ao mercado japonês e para isso precisava do certificado”, conta. Empresas como Sadia e Perdigão lideraram o movimento pelo novo status. Ele acredita que os bovinocultores paranaenses, assim com os gaúchos, resistem à medida porque trabalham com genética e investem mais na atividade que os catarinenses. “Não querem correr risco nenhum”, justifica.
Pedrosa conta que toda a sociedade catarinense abraçou a causa e chegou a denunciar a entrada de caminhão clandestino de boi. “A polícia foi atrás e abateu cerca de 40 bois gordos, que foram incinerados”, conta. De acordo com o presidente da federação, o certificado foi fundamental para o desenvolvimento da suinocultura do Estado.