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Jubileu de Diamante

ABCS: há 60 anos ajudando a construir a suinocultura brasileira

Comemorações dos 60 anos da ABCS serão a tônica do XVI Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (SNDS), que começa hoje no Ceará.

ABCS: há 60 anos ajudando a construir a suinocultura brasileira

A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) completa, em novembro, 60 anos de fundação. Mas as seis décadas de atuação da entidade em prol da suinocultura brasileira serão comemoradas, em grande estilo, a partir de hoje durante as atividades do XVI Seminário de Desenvolvimento da Suinocultura (SNDS).

Organizado pela ABCS, o evento terá várias atividades alusivas ao jubileu da maior entidade dos suinocultores brasileiros. “São seis décadas de realizações e conquistas que transformaram a cadeia suinícola brasileira. Hoje, temos uma suinocultura de ponta graças ao esforço conjunto de todo o setor. No XVI SNDS, produtores e lideranças poderão celebrar essa história de sucesso, além de planejar o futuro da atividade e estratégias para driblar os desafios vindouros”, comenta o presidente da ABCS, Marcelo Lopes.  

Criada no município de Estrela (RS), a ABCS teve papel decisivo para que a suinocultura brasileira se tornasse o que é hoje: um setor pujante, dinâmico e competitivo; produtor de uma proteína de extrema qualidade, para o Brasil e o mundo.  A criação e atuação da entidade representam um divisor de águas na organização da atividade suinícola no Brasil.

Da banha à carne

Até sua criação, a suinocultura brasileira tinha sua orientação voltada à produção de suínos do tipo banha. Durante muito tempo o suíno foi visto como uma fonte de gordura, tendo como seu principal produto a banha. Com o advento dos óleos vegetais, no entanto, a principal vocação da atividade suinícola foi colocada em xeque e o setor teve que se reinventar.      

É aí que entra a ABCS. Como os outros derivados do suíno – entre eles a carne – eram muito dispersos e pouco aproveitados coube à associação dar um novo sentido comercial à atividade. E ela o fez valorizando a carne.

Capitaneada pela ABCS, a organização nacional do setor, através da criação de núcleos regionais de produtores, conferiu à suinocultura brasileira um perfil mais profissional.

Com o foco na carne, a ABCS liderou os suinocultores brasileiros, entre o final da década de 50 e início de 60, nas primeiras importações de suínos de raça superior, com vistas ao melhoramento genético do rebanho nacional.

O rígido controle exercido pela ABCS, através do registro genealógico, a realização de exposições especializadas, a seleção de animais por meio de inspeção e as provas zootécnicas, fez com que as granjas registradas pela associação passassem difundir uma material genético de melhor qualidade para produtores de todo o País.

A ABCS também teve atuação imprescindível em diversas outras áreas que fazem da suinocultura brasileira o que ela é hoje. A introdução de rações balanceadas – que deram condições para importantes avanços na conversão alimentar e ganho de peso -, as melhorias de manejo, a modernização de instalações, os cuidados sanitários e com o meio ambiente, foram alguns dos fatos marcantes do desenvolvimento da suinocultura brasileira que foram acompanhados e supervisionados pela ABCS. 

É essa rica história de lutas e conquistas que será comemorada no XVI SNDS.    

Para Marcelo Lopes, atual presidente da ABCS, todas as ações desenvolvidas pela entidade até hoje resumem ainda a um desafio presente e atual: quebrar paradigmas e preconceitos com relação a carne suína perante especialistas da área de saúde e consumidor e melhorar o consumo interno da proteína. A expectativa é que em um futuro próximo esse problema seja mais uma conquista. “Resolver essa questão trará oportunidades para que possamos focar em outras questões. Quero que os futuros presidentes tenham novos desafios para aprimorar nossa suinocultura”, comenta.