A safra 2014/15 de milho foi recorde, apesar de receios no início do ano devido ao impacto da falta de chuvas em 2014. Mesmo com a oferta elevada, os preços do milho subiram sucessivamente no mercado interno. O impulso veio da maior competitividade do cereal brasileiro no mercado externo, que proporcionou também novo recorde de exportação de milho nacional.
De janeiro até a terceira semana de dezembro, foram embarcadas 27,1 milhões de toneladas, quantidade 31% superior à do mesmo período no ano passado e já acima do recorde de 26,6 milhões de toneladas alcançado em 2013, segundo dados da Secex. Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, a análise dos preços no mercado spot pode ser dividida em três períodos ao longo de ano.
No primeiro trimestre, tiveram sustentação devido às incertezas quanto à produção do milho primeira safra e condições climáticas adversas que poderiam prejudicar a segunda temporada. Já no segundo trimestre, os valores foram pressionados pelo bom desenvolvimento das lavouras e também porque a perda de produtividade do verão seria menor do que a esperada.
No segundo semestre, impulsionadas pela forte desvalorização do Real, as exportações dispararam e elevaram os preços de forma intensa. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), subiu expressivos 26% no ano, em valores reais. Enquanto no primeiro semestre o Indicador acumulou perdas de 11%, no segundo semestre teve reação de 42,2%.