Os produtores de soja de Mato Grosso estão sofrendo bastante com o ataque de pragas nesta safra. Além do prejuízo causado pela lagarta helicoverpa armigera, tem também a infestação da mosca branca, que pode comprometer ainda mais o custo e a produtividade das lavouras.
As moscas brancas são minúsculas, quase imperceptíveis, mas é só agitar as plantas que elas aparecem. Nesta safra, a presença da praga está mais intensa em Mato Grosso, especialmente na região médio-norte. Em Lucas do Rio Verde, por exemplo, é difícil encontrar plantações livres do inseto.
A lavoura do agricultor Fábio de Oliveira, não escapou e junto com a praga, vieram custos extras.
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Para tentar minimizar os prejuízos provocados pela mosca branca, o jeito foi reforçar o uso de agrotóxicos. Em um dos talhões foram feitas até agora quatro aplicações de inseticidas para controlar o inseto, o que representa o dobro de aplicações feitas no ano passado. “Uma soja como já tem mais de três sacas por hectare de custo para o controle específico da mosca branca e não está garantida a produtividade que ela teria nas condições normais”, diz.
Uma população elevada de mosca branca também coloca em risco o rendimento da lavoura.
“Ela é do mesmo grupo dos percevejo
s, não é uma mosca, é uma sugadora, que retira o alimento inserindo seu aparelho bucal na planta reduzindo seriamente a produtividade”, explica o agrônomo Mauro Júnior da Costa.
A presença da mosca branca nas lavouras não é surpresa, o problema está no aumento excessivo da população. Segundo a Embrapa, esse crescimento se deve a aplicação de inseticidas para combater a lagarta helicoverpa armígera. Esses produtos podem ter atingido também os inimigos naturais da mosca branca, provocando o desequilíbrio.
