A China impôs restrições mais duras à importação de suínos vivos dos Estados Unidos em meio a temores relacionados a um vírus que mata leitões, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) e criadores. O país asiático, maior consumidor mundial de carne suína, pediu que o USDA realize testes e forneça garantias de que os animais exportados vieram de rebanhos livres do vírus epidêmico de diarreia suína (PED, na sigla em inglês). A doença se espalhou por quase 30 estados norte-americanos e matou milhões de animais jovens desde que foi identificada pela primeira vez no país, em abril do ano passado.
Animais vivos representam uma fatia pequena das exportações de suínos dos EUA para a China. No ano passado, o país comprou 14 mil animais dos EUA, avaliados em US$ 20 milhões, de acordo com o USDA. Os embarques de carne suína, em comparação, somaram US$ 703,5 milhões, segundo a Federação de Exportação de Carne dos EUA. Um porta-voz do Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal do USDA disse que a agência tem capacidade para realizar os testes e fornecer as certificações solicitadas pela China. Ele observou, porém, que o governo continua trabalhando com autoridades chinesas para tentar eliminar essas exigências.
O vírus, que causa diarreia e vômitos, é fatal apenas para suínos jovens e não representa ameaça à saúde humana ou à segurança dos alimentos, de acordo com cientistas. Normalmente, animais exportados para a China são reprodutores, disse Jay Truitt, representante da Associação Norte-Americana de Exportadores de Animais de Corte.