Os frigoríficos nacionais que vislumbram oportunidades com a decisão do Departamento de Agricultura dos EUA sobre a permissão, ainda este ano, das importações de carne bovina brasileira in natura, podem se interessar pela 42ª edição do relatório anual “Meat & Poultry Facts”, do Instituto Americano de Carnes (AMI, da sigla em inglês), como uma boa e atual fonte de informações sobre aquele mercado.
Produzido pela Sterling Marketing e pelo AMI, a publicação é um compêndio de informações sobre a indústria de carnes nos Estados Unidos apresentado em 66 gráficos diferentes, com dados históricos de tendências. O livro apresenta uma base para a análise e compreensão das principais tendências da indústria norte-americana, que gera cerca de US$ 325 bilhões anualmente.
“Saindo da seca de 2012, o velho ditado no negócio de grão, de que a ‘cultura curta tem uma longa cauda’, é certamente o caso”, escreveu John Nalivka, da Sterling Marketing, nas páginas de abertura da publicação.
Ele observou que os preços do milho atingiram um pico de quase US$ 9 por bushel no final de agosto de 2012 e, um ano depois, em agosto de 2013, foram para US$ 4 por bushel, como a safra de 2013 atingindo um recorde. Ele previu que os preços de grãos e alimentos para animais neste ano dariam o tom para os próximos dois a três anos, com uma partida acentuada ante 2012.
Nalivka também observou que o tamanho do rebanho bovino dos EUA começou 2013 com o número mais baixo em 60 anos, mas disse que a comparação termina aí.
“O atual rebanho bovino irá produzir quase três vezes mais carne como o rebanho do país em 1952, quando os bezerros foram responsáveis pela metade dos bovinos abatidos em comparação a apenas 2% agora”, observou.
Além do mix de abate nos EUA, o peso de carcaça de bovinos que foram engordados com grãos durante 2013 continuou em uma tendência mais elevada, e para o ano provavelmente será, em média, mais de seis quilos maior do que o recorde estabelecido em 2012.