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Energia nuclear

Governo japonês considera "muito difícil" prescindir da energia nuclear

A catástrofe nuclear de 2011 pôs em xeque o modelo energético nipónico dependente até então em 30% dos centrais atómicas.

Governo japonês considera "muito difícil" prescindir da energia nuclear

“Para o Japão, que não tem outros recursos (energéticos), é muito importante conseguir um equilíbrio de energia. Seria muito difícil tomar a decisão de prescindir das centrais nucleares”, explicou Obuchi durante um debate organizado no domingo pela estação estatal NHK.

Esta foi a primeira manifestação pública da nova ministra, durante a qual defendeu claramente o uso da energia nuclear, depois de, no início do mês, ter visitado a acidentada central de Fukushima, pouco após a sua nomeação para o governo.

“Dizem que a vida no Japão continua sem energia nuclear, mas estamos a produzir a energia de que necessitamos com centrais térmicas velhas. Não é uma situação segura em absoluto”, afirmou Obuchi.

A ministra também expressou preocupação pelo custo crescente da eletricidade, com o qual se deparam as empresas nipónicas, devido à subida do preço dos combustíveis fósseis, algo que também teve um impacto negativo na balança de pagamentos do país.

A catástrofe nuclear de 2011 pôs em xeque o modelo energético nipónico dependente até então em 30% dos centrais atómicas, o qual foi substituído pela importação de combustíveis fósseis, fazendo disparar o défice comercial do Japão e os preços da eletricidade.

A nomeação de Obuchi ocorreu numa altura em que é debatida a reativação de alguns dos seus 48 reatores atómicos, que se mantêm encerrados na sequência da crise nuclear de Fukushima Daiichi provocada pelo terramoto e tsunami de março de 2011.

No passado dia 10, a Autoridade de Regulação Nuclear (NRA) anunciou que os dois reatores de Sendai, na ilha de Kyushu (suroeste), cumprem as novas regulações em matéria de segurança, o que permitiria a sua reativação nos próximos meses.

Atualmente, 17 reatores em 10 unidades nucleares de todo o país estão a ser submetidos a inspeções para determinar se cumprem a nova série de requisitos de segurança mais rigorosos, especialmente no que se refere à capacidade das instalações em suportar desastres como o tsunami de 2011.