A correria e a pressão vêm tornando relações interpessoais tensas, impacientes e irritantes. Não são poucos os que demonstram impaciência para lidar com opiniões conflitantes. Uma simples troca de ideias às vezes se transforma em uma discussão acirrada, porque ninguém exercita mais a capacidade de compreender o outro. Se você também já percebeu que precisa trabalhar melhor a tolerância, confira algumas dicas:
1. Ouça – se você quer que escutem, aceitem e entendam sua opinião, trate, também,de ouvir o outro, mostre interesse , procure compreendê-lo, ater a seus sentimentos, ideias, vontades, sem julgamentos. Saiba digerir opiniões contrárias, mesmo que não concorde com elas. O intolerante não costuma admitir que os demais tenham a própria maneira de pensar e se manifestar. Aceite outras possibilidades de pensamento e acredite, aprenderá muito com elas.
2. Sem desrespeito – respeito é algo válido a qualquer área da vida, para ser tolerante precisa-se, antes de qualquer coisa, respeitar o próximo -e a si mesmo, se de alguma forma você se sinta ofendido, mantenha respeito em relação ao outro. Ridicularizar, humilhar não irá fazer nada por você. Todos têm direitos, nada justifica o desrespeito. No entanto, respeitar não é aceitar ofensa, ao contrário, é não deixar que ela o abale emocionalmente e faça com que você parta a agressão física ou verbal.
3. Resolva conflitos – no trabalho, com amigos, entre familiares, assuma função de pacificar o ambiente, não provoque discórdia, não levante a voz, sempre mantenha a harmonia do local. Escute as pessoas com atenção, busque compreendê-las. Num comentário negativo de alguém ou sobre alguém, demonstre o lado positivo das pessoas, situações, sempre de forma sincera e verdadeira. Indivíduos tolerantes sabem contornar conflitos desgastantes e evitam que sua energia seja drenada por eles.
4. Paciência – em uma situação de conflito interpessoal, controle sua ansiedade antes de se indispor com os demais ou tentar convencê-los de algo sob o peso da irritação. Abaixe tom de voz, preste atenção à sua respiração, inspire o ar profundamente, solte bem devagar pelo nariz. Diminua o ritmo, a velocidade do que está fazendo, concentrando-se mais em você, nas suas ações e não nas do outro.
5. Não se irrite com pequenas coisas – quem nunca passou o dia tentando não se irritar com fila do banco, trânsito, ônibus lotado, mas, ao final do dia, estourou com um probleminha? Irritabilidade acontece porque enfrentamos diversos estresses ao longo do dia, sejam estímulos externos ou internos. Eles podem ser consequência dos relacionamentos, ambiente de trabalho ou até mesmo dos nossos pensamentos.
6. Cuide mau humor – é fundamental evitar discutir, revidar quando não estiver bem consigo por problemas profissionais, domésticos ou pessoais. Preserve-se, dê tempo para digerir o conflito, elaborar emoções, depois, quando se acalmar e estiver com o mínimo de estresse possível, retome conversa ou tome decisões. Numa discussão, quando ânimos estão exaltados, é preciso interromper a situação retomando-a quando o controle emocional for recobrado, ao contrário, um tentará impor ao outro razões, a gravidade do conflito se intensificará e não se chegará a solução racional.
7. Faça autoavaliação – por vezes, o que não toleramos no outro é reflexo daquilo que não suportamos em nós e, por ser inconsciente, não conseguimos modificar. Faça o exercício de autoconhecimento, torne esse fato consciente, então trabalhe e veja o que incomoda nas pessoas, favorecendo a autocrítica adequada, controle de emoções e as atitudes. Ao contrario, se confrontar com alguém que o incomoda, analise atentamente as características, comportamentos que o irritam e pergunte-se o quanto essas características também estão presentes em sua personalidade. Ao contemplar em si mesmo aquilo que condena, poderá lidar melhor com o outro, pois o compreenderá.
8. Coloque-se no lugar do outro – uma das maneiras mais eficazes de desenvolver tolerância é exercitar, diariamente, a capacidade de lidar com o diferente, é fundamental deixar lugar de dono da verdade, avaliar como outros lidam com determinados fatos, segundo seus valores, crenças, razões, motivações, também é um excelente exercício para trabalhar os próprios preconceitos.