Uma revisão de um estudo realizado pela Universidade da Califórnia, nos EUA, relata que o desempenho e a saúde de animais usados na produção de alimentos, mesmo alimentados com ração geneticamente modificada, comparam-se aos animais que consomem alimentos convencionais.
A revisão mostrou que os estudos científicos não detectaram diferenças na composição nutricional da carne, leite ou outros produtos derivados de animais alimentados com transgênicos.
A revisão, liderada pelo cientista animal Alison Van Eenennaam, examinou aproximadamente 30 anos de estudos sobre alimentação na pecuária, envolvendo mais de 100 bilhões de animais.
Entitulado “Prevalência e Impactos dos Alimentos Geneticamente Modificados para as populações pecuárias”, o artigo está disponível com acesso aberto através da Sociaedade Americana de Ciência Animal.
Animais usados na produção de alimento como vacas, suínos, cabras, frangos e outras espécies de aves agora consomem de 70% a 90% de grãos geneticamente modificados, de acordo com o estudo. Só nos Estados Unidos, 9 bilhões desses animais são produzidos anualmente com 95% deles consumindo alimentos com ingredientes transgênicos. “Os estudos mostram continuamente que o leite, a carne, e os ovos derivados de animais que se alimentaram de transgênicos são indistinguíveis de produtos derivados de dietas não transgênicas”, diz Van Eenennam.
Segundo o cientista, a proposta norte-americana de rotulagem de alimentos de criações que se alimentam com gêneros genéticamente modificados deve requerer uma separação dos alimentos e rastreamento, uma vez que os produtos por si só não apresentam nenhuma diferença que possa ser identificada. “Para evitar perturbações do comercio internacional, é fundamental que o processo de aprovação seja regulamentado para os produtos se estabeleçam nos países importadores de alimentos”, pontou.
O estudo de revisão foi apoiado por fundos de investimento e pela Estação Experimental Agrícola da Califórnia UC Davis.
Com informações do site PigProgress.