No Dia Mundial da Alimentação (16/10), uma iniciativa lançada por órgãos governamentais e não governamentais pretende inserir nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, a preocupação com a alimentação sustentável que, além das vantagens à saúde, traz benefícios sociais, ambientais e econômicos. O projeto, chamado Rio Alimentação Sustentável, traz uma lista de recomendações que começam na hora da compra dos produtos. As dicas são priorizar pequenos e médios produtores do estado do Rio, dar preferência a produtos orgânicos e escolher os que são provenientes de áreas não desmatadas.
Segundo o analista de Políticas Públicas da organização não governamental (ONG) WWF, Frederico Soares, os primeiros passos já foram dados e incluem obter um comprometimento do Comitê Olímpico Rio 2016 com o relatório lançado hoje. O objetivo é reunir entidades públicas e privadas em grupos de trabalhos sobre como organizar a cadeia produtiva desses produtos para atender a demanda do evento: “Vai ser fundamental um processo de transformação das cadeias de valor, porque hoje elas não têm condições de atender a uma demanda dessa escala. Temos um trabalho bastante árduo pela frente”.
A iniciativa foi lançada na sede do Comitê Olímpico Rio 2016, no centro do Rio, em conjunto com o documento sobre alimentação na competição Taste of the Games (O Sabor dos Jogos). Além de ONGs como a WWF e a Planeta Orgânico, assinam a iniciativa órgãos como o Ministério do Meio Ambiente, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Sindicato de Bares e Hoteis do Rio de Janeiro (Sind-Rio).