As perspectivas nos próximos 10 anos pela Organização a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Organização das Nações Unidas a Agricultura e Alimentação (FAO) prevêem que a produção mundial de aves ultrapassará a de suínos, tornando-se a proteína animal mais produzida e consumida no mundo até 2023. Nesse cenário, a produção mundial de carne em 2023 será quase 20% maior que na média dos últimos três anos, correspondendo a um volume adicional de 54 milhões de toneladas. Essas entidades afirmam que a procura firme de importações pela Ásia, a reconstituição do efetivo pecuário na América do Norte sustentarão preços fortes das carnes e a bovina atingirá recordes. Agronegócio representa 50% do PIB -Produto Interno Bruto – em Mato Grosso e próximo a 35% no Brasil. A queda de preços afeta produtores, governos, indústrias de insumos, agroindústrias, setores de distribuição, assessorias, serviços, empregos e arrecadação, já que a participação de impostos do agronegócio é de 54%, no Mato Grosso, como exemplo da importância desse setor.
Impulsionado pela colheita recorde na safra 2013/14, o valor bruto da produção (VBP) brasileira de soja – carro-chefe do agronegócio no país – deverá aumentar 6,4% em 2014 e representar 56,7% do montante total estimado para agricultura no ano, em estimativas divulgadas pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Conforme cálculos da entidade, o VBP da oleaginosa tende a atingir R$ 92,1 bilhões, ante R$ 86,5 bilhões em 2013. E esse crescimento é fundamental para justificar o incremento previsto para a agricultura como um todo – de 5,6% em igual comparação, para R$ 287,8 bilhões. Na agricultura, o levantamento da CNA inclui 20 produtos. Ainda no rol agrícola, destacam-se os avanços projetados para laranja (41,2%, para R$ 4,7 bilhões), algodão em caroço (37%, para R$ 7,2 bilhões) e trigo (34,1%, para R$ 9 bilhões). Entre as principais quedas estimadas estão a da cana (2,1%, para R$ 49,8 bilhões) e a do milho (4,3%, para R$ 36,4 bilhões). Entre os cinco itens que compõem os cálculos da CNA para o VBP da pecuária – que, no total, deverá crescer 6,6%, para R$ 162,4 bilhões -, quatro deverão subir: carne bovina (11,8%, para R$ 73,1 bilhões), ovos (8%, para 7,5 bilhões), leite (6,2%, para R$ 38 bilhões) e suínos (5,2%, para R$ 13,3 bilhões). Só o VBP do frango tende a cair (3,3%, para R$ 30,5 bilhões).
A avicultura proporcionara 53% de acréscimo previsto a produção mundial de carnes, suíno terá 31% e carne bovina com 16%. Aumenta substancialmente o papel da avicultura na alimentação mundial, boi com preços subindo, produtor deverá ser cuidadoso a partir de agora com custos, investimentos, a crise está começando e deve perdurar por duas safras, 2014/15 ainda não trará transtornos ao produtor, mas 2015/16 mostrara a situação piorando. Exportacoes de carne bovina “in natura” recuando, frigoríficos brasileiros colocaram 90 mil toneladas de carne bovina no mercado externo em setembro, 21% menos que agosto, as receitas somaram US$ 441 milhões, recuando 21%/mês, frango somou 331 mil toneladas no mês passado, 5% mais que agosto e 14% superiores às de setembro de 2013,receitas atingiram US$ 634 milhões em setembro, subindo 4% e 19%, respectivamente. Exportações de carne suína “in natura” ficaram estáveis, em 36 mil toneladas, receita de US$ 143 milhões em setembro, 21% mais que 2013, preço médio da arroba evoluiu 40% em 12 meses.
Minha mensagem, com dados acima, que novo governo, comece a nos valorizar, junto com sua equipe, congressistas e sociedade, sendo essa atividade que sustenta o Brasil a muitos anos e continuara pois é nossa vocação. Acredito que o agronegócio será tema prioritário do presidente da República,com consciência unânime que setor é uma força importantíssima a economia no plano social,ambiental,econômico do País e avançamos nos últimos anos, em parte devido aos programas governamentais,agora o setor precisa manter essa competitividade,como ponto central dos programas oficiais. O agronegócio merece atenção em torno dessas questões: competitividade, logística, infraestrutura, custo Brasil e demandas dos principais segmentos do agronegócio encaminhadas aos candidatos à Presidência, tendo o setor de carnes mantendo mercados internacionais e o reconhecimento da segurança alimentar da produção do País. Fiz e faço, humildemente, campanha a essa mudança de comportamento governamental, o importante é que, a partir de agora, atenda pontos que foram apresentados em seus programas de governo. Quando na África sabe-se ou supõe-se que consumo de carne de morcego pode ter ajudado a deflagrar Ebola, governantes ouçam reivindicações do setor que alavanca economia nacional em divisas e segurança sanitária propicia a sustentabilidade, incluindo africanos e outros tantos excluídos de uma alimentação digna.