A CEO da Nexsteppe, Anna Rath, esteve no Brasil para participar do Biomass Power Markets Brasil, que aconteceu entre os dias 4 e 5 de novembro e reuniu fornecedores, pesquisadores e indústrias interessadas na geração de energia por biomassa em São Paulo.
Com um potencial de geração de 22,1 GW médios até 2022, Anna acredita que o momento é positivo para o investimento no mercado de biomassa. “Enquanto a necessidade por energia e biocombustíveis nos EUA estabilizou, ela é crescente em países como Brasil e China”, diz Anna.
Segundo ela, o país é conhecido mundialmente por basear sua produção elétrica em fontes renováveis, principalmente a hidrelétrica. Contudo, a oferta de energia hidráulica tem apresentado redução anual e a demanda acaba sendo compensada com o uso combustíveis fósseis, reconhecidamente caros e poluentes.
A Nexsteppe desenvolve sementes do sorgo Palo Alto, biomassa dedicada de alto rendimento e poder calorífico médio de 4000-4250 kcal/kg para combustão. A planta atinge o ponto de colheita com 50% de umidade em até 140 dias e pode ser plantado na safra ou safrinha. “Além de sermos os primeiros a registrar o cultivar no Ministério da Agricultura, no Brasil, o Palo Alto é um germoplasma único que apresenta colmos extremamente secos e atinge o ponto de umidade ideal para caldeiras, ainda em pé no campo em sua fase final de ciclo,” diz Anna.
Atualmente é o único material disponível no mercado, que dependendo das condições climáticas, pode ser colhido e levado diretamente para caldeiras sem dessecações artificiais Outros materiais necessitam de artifícios agronômicos para atingir a umidade adequada antes da queima.
A empresa é pioneira também na queima industrial de biomassa de sorgo para geração de energia. Passada a fase inicial de laboratórios e testes, o Palo Alto já foi utilizado em escala comercial por empresas como Odebrecht, Raízen, Bunge e Caramuru. “A nossa é uma solução comprovada por grandes grupos, que estão investindo em biomassa para cogeração”, diz Anna.