A Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável promoveu ontem (11/12) audiência pública para discutir o 5º Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado no início de novembro.
O evento foi solicitado pelo deputado Sarney Filho (PV-MA). Segundo ele, “o documento, infelizmente, aponta para uma situação extrema de urgência ambiental, evidenciando que a emissão dos gases do efeito estufa tem aumentado em função do crescimento econômico e populacional, alcançando níveis sem precedentes nos últimos 800 anos, desde a era pré-industrial”.
O relatório sintetiza as conclusões dos três grandes dossiês apresentados pelo grupo de cientistas nos últimos doze meses. Elaborado por mais de 800 cientistas de 80 países, evidencia que a emissão dos gases do efeito estufa tem aumentado em função do crescimento econômico e populacional.
Níveis sem precedentes
Este cenário, segundo o relatório, demanda a tomada de providências extremas e urgentes, com a redução das emissões em torno de 70% até 2050 e o fim das emissões em 2100, objetivando que a temperatura global não supere a casa dos 2ºC.
Situação que levará a sérias consequências em termos de comprometimento com a segurança alimentar, redução da disponibilidade de água potável, potencialização das inundações, deslizamentos, elevação dos oceanos e tempestades, risco de extinção de várias espécies animais e vegetais, dentre outras.
Foram convidados para o debate:
– o coordenador-geral de Operações e Modelagens do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, Eduardo Mario Mediondo;
– o pesquisador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, José Antônio Orsini;
– o coordenador do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Inpe, Jean Henry Ometto; e
– o diretor de Políticas Públicas do Greenpeace, Sérgio Leitão.