O aumento dos custos de produção da ração nos Estados Unidos tem afetado de forma drástica a industria avícola do país. Em 2012, os agricultores plantaram 96 milhões de hectares de milho este ano, o maior desde 1937. Na primavera norte-americana, o preço por bushel de milho foi de cerca de US$ 5. Em seguida, a chuva parou, secou lavouras, e os agricultores colheram apenas 88 milhões de hectares, logo o preço subiu para US$ 8,50, refletindo negativamente na lucratividade da avicultura dos EUA. Com isso, alguns gigantes do agronegócio perceberam que é mais barato importar milho do Brasil do que para pagar os preços do Centro-Oeste dos EUA para produzirem ração. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) já projetou importações a um recorde de 1,9 milhão de toneladas, uma reviravolta impressionante para o maior produtor e exportador mundial de milho.
Geórgia – Somente nos últimos dois meses, dois carregamentos com milho brasileiro já desembarcaram na Geórgia (EUA). A chegada dos navios – os dois primeiros na história do porto da Geórgia – ressalta como a seca elevou os preços do milho, o que tem prejudicado a avicultura local, que depende fortemente de milho para ração. “A dor é a palavra certa”, afirma Tom Hensley, presidente da Fieldale Farms. “Estamos gastando US$ 50 milhões a mais na alimentação de frango este ano”.
A Universidade da Geórgia estima que os preços do milho custam aos processadores de frango um extra de US$ 430 milhões. Relutantes em repassar os preços mais altos para os consumidores, os produtores de frango têm reduzido o abastecimento no varejo. Com informações do site internacional World Poultry.