As exportações de milho do Brasil na temporada 2012/13 foram estimadas na última sexta-feira (8) em 19 milhões de toneladas pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), um número acima do apontado no levantamento do mês passado, com o órgão do governo norte-americano surpreendendo o mercado com uma previsão de safra maior.
Com o volume de exportações previsto, o USDA vê o Brasil empatando, pelo menos por enquanto, com a Argentina nas vendas externas do cereal. Além disso, o departamento prevê que o país novamente fará dura competição com os EUA no mercado global.
A safra brasileira 12/13, cuja colheita está em andamento, foi estimada na sexta-feira pelo USDA em 72,5 milhões de toneladas, acima da previsão do mercado, de 71,3 milhões de toneladas.
As exportações previstas pelo USDA também ficaram 1,5 milhão de toneladas acima da projeção de janeiro, em função de uma maior produtividade esperada para a primeira safra do Brasil e por boas perspectivas para a segunda.
Na temporada anterior, o Brasil colheu um recorde de 73 milhões de toneladas e exportou 24 milhões de toneladas, o maior volume da história, segundo o USDA.
Com uma safra crescente, o Brasil tem ganhado importância no mercado global de milho. Na temporada passada, o país já superou a Argentina como o segundo maior exportador do cereal e incomodou os norte-americanos, os maiores exportadores mundiais.
As exportações dos EUA em 12/13 foram reduzidas nesta sexta-feira – e os estoques finais dos EUA elevados – devido à velocidade das vendas atuais e também pelas perspectivas de uma maior competição com o Brasil, disse o USDA em relatório.
O USDA também rebaixou a previsão de exportação de milho da Argentina, em 500 mil toneladas, na comparação com o levantamento de janeiro. A previsão de produção argentina caiu em 1 milhão de toneladas, em função do clima seco, para 27 milhões de toneladas.