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Mercado Interno

Igreja aceita consumo de frango na Semana Santa

Com pescado caro, Igreja flexibiliza abstinência na quaresma. Segundo Dieese, alimento apresenta reajustes desde 2012.

Igreja aceita consumo de frango na Semana Santa

Uma pesquisa realizada pelo Dieese/PA em mercados municipais da grande Belém nos primeiros meses de 2013 mostra que o preço do pescado voltou a subir – algumas espécies de peixe estão sendo com preços até 12% mais caros em relação ao mês de janeiro.

O aumento pesa no bolso dos Cristãos que, durante o período da quaresma, aumentam o consumo de peixe. Segundo o padre Raimundo Possidônio, da arquidiocese de Belém, para os católicos existem dois dias obrigatórios para o jejum e abstinência de carne vermelha: a quarta-feira de cinzas, que marca o início da quaresma e a sexta-feira da paixão, com a morte de Cristo. “Com o jejum queremos provar nossa disciplina corporal, física em relação a dimensão espiritual”, explica o padre.

“Nós, como cristãos, podemos ter controle dos domínios. A dimensão da fé pode se sobrepor com a dimensão física. É uma dimensão disciplinadora do nosso próprio ser, que dá sentido não somente ao prazer físico, mas também dizer: não, hoje eu vou me dedicar, e assim se entregar a dimensão de oração, o encontro com Deus”, esclarece o padre Possidônio. “Tem pessoas que ao longo da Quaresma não bebem álcool , não fazem certas coisas. Na Quaresma é possível ao cristão dominar essa realidade de pecados, exagero do material sobre o espiritual”, diz ainda.

O padre conta que no passado a igreja era mais rigorosa e prescrevia abstinência durante toda a quaresma. Com o passar do tempo, esta restrição foi abandonada. “Hoje, liberou-se mais um pouco devido o próprio peixe, que ficou mais caro. Então as pessoas podem comprar carne de frango”, explica o padre.

Trajetoria
Segundo a iIgreja Católica, a liberação do consumo de outros alimentos, como o frango, ocorreu pela dificuldade da população em adquirir o pescado na Semana Santa, quando geralmente fica ainda mais caro.
De acordo com o Dieese, o aumento no preço do peixe começou em novembro de 2012, com novos reajustes nos dois primeiros meses de 2013.

Em fevereiro de 2013, a maioria do pescado comercializado apresentou alta de preços em relação ao mês de janeiro. As altas mais significativas foram da Pratiqueira, com alta de 12,93%; Pirapema, com alta de 12,62%; Sarda, com alta de 8,99%; Tucunaré, com alta de 7,98%; Arraia, com alta de 6,6%; Pescada Gó, com alta de 5,71 % e o Mapará, com alta de 5,04%.

Mas o Dieese ressalta que ainda há a esperança do preço do pescado ficar mais em conta para o consumidor na Semana Santa. Uma série de programações estão sendo trabalhadas para garantir o abastecimento do pescado em todo o Pará, entre elas o decreto com a proibição de saída do Pescado do Estado entre os dias 14 a 29 de março.