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Mercado Interno

Agronegócio pede R$ 150 bilhões a juros reduzidos

Montante supera em mais de R$ 30 bilhões os recursos disponibilizados em 2012/13 para a agricultura comercial .

Agronegócio pede R$ 150 bilhões a juros reduzidos

O agronegócio empresarial reivindica R$ 30 bilhões a mais para ampliar a safra de grãos na temporada 2013/14. O valor por apontado em reunião realizada entre o setor e representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Curitiba.

O Plano Agrícola e Pecuário (PAP) deve ser divulgado em maio, conforme o governo federal, mas o setor já prevê atraso, para junho. O PAP representa menos da metade dos recursos que o agronegócio usa para produzir uma safra.

As demandas das lideranças do agronegócio do Paraná incluem redução nas taxas de juros, de 5,5% para 4% ao ano. Elas serão levadas à Brasília pela caravana do Ministério da Agricultura que percorre o país.

No Paraná, governo e entidades argumentaram que serão necessários R$ 175 bilhões para custear a produção nacional, incluindo investimentos. No último ano foram liberados R$133,2 bilhões.

Desse montante, o secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, avalia que entre R$ 8 e R$10 bilhões de reais poderiam assegurar um aumento na produção do estado. “No ano passado a aplicação foi entre R$7 e R$ 8 bilhões, mas nesse ano um aumento nos recursos pode ajudar a viabilizar uma safra 2013/14 ainda maior”, disse.

João Paulo Koslovski, presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) destacou a importância de destinar recursos para investimento em armazenagem citando um déficit de 10 milhões de toneladas na capacidade do estado. “O problema é sério e há uma necessidade de reduzir a taxa de juros”, afirmou. A proposta é viabilizar o dinheiro por meio do Programa de Sustentação do Investimento Rural (PSI), que passaria a financiar a construção de armazéns e silos. Na última safra foram disponibilizados R$6 bilhões e a pedida é de ampliação para R$ 10 bilhões.

O seguro rural também pautou as discussões no encontro. Ágide Meneguette, presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná defendeu aumento no volume de recursos para este fim. “Essa safra foi normal, mas nem sempre isso acontece. Não fosse a equalização do seguro, teríamos muitos produtores endividados até hoje”, argumentou. A reivindicação do estado é ampliar de R$ 400 milhões para R$ 700 milhões o montante de recursos em 2013/14, com reajustes graduais nas safras seguintes. Além disso, pede-se a liberação dos valores conforme o calendário agrícola, no período de compra dos insumos e pré-custeio da produção.

Neri Geller, Secretário de Política Agrícola do Mapa representou a instituição no encontro. Ele sustentou que vai dar atenção aos pedidos do estado. “Há a possibilidade e a vontade do governo. Com demandas factíveis, bem embasadas, vai haver um encaminhamento das propostas”, disse. De acordo com Ortigara, para haver tempo hábil na utilização dos benefícios do plano o ideal é que o governo apresente uma definição até o mês de junho. No ano passado o Mapa fez o lançamento oficial do Plano no dia 28 de junho