Milhares de testes de DNA de produtos de carne realizados na União Europeia apontaram a presença um pouco inferior a 5% de carne de cavalo, informou a Comissão Europeia. O percentual varia bastante.
Cerca de 25% dos resultados positivos registrados nos 27 países do bloco ocorreram na Grécia, sendo que 11% das amostras gregas eram positivas à carne de cavalo.
“Os resultados confirmaram que isso é uma questão de fraude alimentar e não de segurança alimentar”, afirmou Tonio Borg, comissário de saúde da União Europeia. “Nos próximos meses, a Comissão Europeia irá propor controles mais rígidos na cadeia de alimentos, alinhados com as lições que aprendemos”.
A Comissão colocou temporariamente o resultado em seu website, retirando-o depois. Mais detalhes devem ser fornecidos ao longo do dia, com informações específicas sobre as descobertas em cada país.
O resultado vem sendo aguardado ansiosamente no bloco. Os 2.250 testes foram pedidos em 15 de fevereiro, na esteira do escândalo envolvendo produtos processados que continham carne de equinos e abalou a confiança do consumidor na indústria alimentícia.
A Comissão Europeia determinou também a realização de testes em carcaças de cavalos para averiguar a presença ou não do fenibultazona, uma droga potencialmente prejudicial à saúde humana e que foi banida da cadeia de alimentos. O resultado, neste caso, deu positivo para menos de 1% das amostras testadas.
Os testes foram encomendados para dar segurança ao consumidor sobre a procedência de alimentos processados consumidos no continente. À época do escândalo, foram encontrados traços de carne de cavalo em hambúrgueres, almôndegas e lasanhas.