A produção de grãos na América Latina e no Caribe vai ultrapassar 205 milhões de toneladas na safra 2012/13, um aumento de 6,3% em relação à safra anterior, disse hoje a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO.
O Boletim Trimestral de Segurança Alimentar e Nutricional da FAO indica que este incremento é explicado pelo aumento em 20 milhões de toneladas na produção de grãos secundários (milho, sorgo e painço, entre outros), que totalizam 156 milhões de toneladas.
No Brasil, serão produzidas 36 milhões de toneladas de milho (9% acima da safra anterior), em resposta a um aumento de 7% da área plantada e a melhoria da produtividade após a superação da seca do ano passado.
Segundo a FAO, o aumento da produção de grãos secundários compensa a redução da produção de trigo e arroz, que atingirá níveis de produção de 22,3 e 27,3 milhões de toneladas, respectivamente.
América do Sul, com bons resultados – Estima-se que a produção de grãos na sub-região atingirá 164,2 milhões de toneladas, cerca de 7 milhões a mais que o registrado na safra anterior.
Na Argentina, o plantio do milho está enfrentando condições climáticas desfavoráveis. No entanto, espera-se uma recuperação da produtividade após a seca do ano passado. Com isso, a produção de milho atingiria 25,5 milhões de toneladas. No Paraguai, a colheita do milho está em andamento, porém, foi adiada pela falta de chuvas. Por outro lado, na Bolívia, as recentes chuvas têm favorecido o desenvolvimento precoce dos cultivos.
Produção recupera-se na América Central, Caribe e México
Há uma previsão de que a produção de grãos na América Central, Caribe e México ultrapasse os 41 milhões de toneladas, 15% acima dos baixos níveis da safra anterior, devido principalmente à recuperação da produção de grãos do México. A FAO prevê, ainda, uma queda na produção de milho no México, como consequência da redução de 7% da área plantada.
Na Nicarágua, Guatemala, Honduras e El Salvador as previsões são favoráveis. No entanto, no Haiti, a colheita de grãos, principalmente de milho, foi adiada pela falta de chuva nos primeiros meses deste ano. Já na República Dominicana, as chuvas têm favorecido os cultivos de arroz.