De janeiro a julho deste ano, a venda de produtos ao exterior aumentou 38,89% em Mato Grosso do Sul em comparação ao mesmo período de 2012. A soja, a celulose e o milho puxaram o crescimento e garantiram a redução do déficit da balança comercial do Estado de U$ de 504 milhões para U$ 107 milhões. Os dados constam no balanço do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Nos sete primeiros meses do ano, as exportações somaram mais de U$ 3,2 bilhões em Mato Grosso do Sul, pouco mais de U$ 900 milhões a mais que os U$ 2,3 bilhões comercializados no mesmo período de 2012. A média diária de venda foi de U$ 22,2 milhões.
Por outro lado, o Estado gastou em importação U$ 3,3 bilhões, 17,99% a mais que em 2012, quando vieram de fora de Mato Grosso do Sul U$ 2,8 bilhões. Apesar de a importação ainda superar a exportação, o déficit da balança comercial caiu diante do crescimento superior da venda de produtos ao exterior.
De acordo com o consultor em comércio exterior, Aldo Barrigosse, a venda de soja lidera o ranking de exportação, com arrecadação de U$ 1 bilhão de janeiro a julho de 2013. Em comparação ao ano passado, a comercialização do produto aumentou 62%, quase U$ 400 milhões a mais.
Segundo produto mais exportado de Mato Grosso do Sul, a celulose registrou acréscimo de 128% nas vendas. De janeiro a julho deste ano, chegaram ao Estado U$ 561,8 milhões. No mesmo período do ano passado, as vendas somaram U$ 246,3 milhões.
O milho foi recordista em aumento de exportações, com elevação de 591%. Neste ano, o produto rendeu U$ 162,7 milhões e em 2012, U$ 23,5 milhões. Também integram a lista dos 10 itens mais exportados o açúcar, a carne bovina congelada, o minério de ferro e o frango.
“E o melhor de tudo é que oito dois dos 10 itens registraram valorização no mercado internacional. Isso é muito bom porque mostra que nossos produtos estão mais competitivos, que vendemos mais e por um valor maior”, destacou Barrigosse.
Segundo ele, a China é o principal comprador dos produtos sul-mato-grossenses. Atualmente, o País fica com 80% da soja comercializada pelo Estado. A maior parcela da celulose também vai para a China, que gastou, de janeiro a julho deste ano, U$ 229 milhões.
A Itália é o segundo maior comprador de celulose sul-mato-grossense, com investimento de U$ 117 milhões. Depois, aparece a Holanda, que garantiu ao Estado vendas na ordem de U$ 99 milhões.
A Argentina, por sua vez, é o principal comprador de minério de ferro e a Holanda também contribui nas vendas de soja em grão. Depois da China, os dois países, respectivamente, são os principais compradores dos produtos sul-mato-grossenses.
No quesito importação, o gás natural puxa a compra de produtos de fora. Também se gasta na aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas. “Conforme a tendência dos últimos quatro meses, Mato Grosso do Sul está prestes a acabar com o déficit da balança comercial e superar o dinheiro gasto em importação com as exportações”, concluiu o consultor.