O Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (ANFFA Sindical) fará a partir desta quinta-feira (29/8) uma paralisação geral em todo o país. Desde o dia 16, a categoria está em estado de “greve de ocupação”, atendendo somente os casos emergenciais.
A categoria alega que “não obteve nenhuma resposta às suas reivindicações por parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento sobre as indicações políticas para o quadro de servidores do órgão”. Entre as indicações contestadas, estão a do veterinário Flávio Braile Turquino, para o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), e o advogado Rodrigo Figueiredo, para a Secretaria de Defesa Agropecuária.
A greve é por tempo indeterminado e prevê protestos em capitais do país. Em Brasília, serão distribuídas quatro toneladas de frango congelado para a população em frente à sede do Ministério da Agricultura. Em São Paulo, vai ser feita a distribuição de bananas. E em Salvador (BA), está previsto um “enterro” do Ministério da Agricultura.
Os fiscais também protestam contra o anúncio dos cortes de orçamento para o ministério e o contingenciamento de recursos para atividades fins como a própria defesa agropecuária. “Neste mês, o governo não repassou nada nenhuma verba para as atividades técnicas de manutenção e fiscalização”, disse o presidente do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários, Wilson Roberto de Sá, em nota enviada pela entidade.
Segundo ele, 2,95 mil fiscais atuam em todo país quando o necessário seriam 10 mil. A categoria reivindica a volta do processo seletivo para cargosdo Ministério da Agricultura, além da criação da escola de formação e profissional.