Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Insumos

Milho: Distribuição deve ficar mais fácil, diz ministro

Segundo o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, o fim do escoamento da safra de soja deve aliviar a infraestrutura de transporte para a distribuição de milho.

Milho: Distribuição deve ficar mais fácil, diz ministro

Segundo o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, a distribuição de milho em todo o País deve ficar mais fácil nos próximos meses com o fim do escoamento da safra de soja. Ele explica que a exportação de soja demanda parte da infraestrutura de transporte usada pelo milho, dificultando a distribuição.

“Agora, que a soja foi praticamente toda exportada, vai facilitar um pouco mais o transporte desse milho do Mato Grosso, Mato grosso do Sul e Goiás, aqui para o semiárido”, ressaltou o ministro. Outra dificuldade apontada por ele é o sistema logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que não permite o transporte de milho a granel em caminhões, sendo necessário que a carga seja ensacada na origem, dificultando a descarga.

A ideia, segundo Andrade, é modernizar esses armazéns para que o milho seja transportado a granel e ensacado no destino. “Por isso, nesse Plano Safra foram previstos R$ 150 milhões para modernizar os armazéns. Transformá-los em graneleiros, podendo receber até 50 caminhões de milho por dia, o que não acontece hoje. Hoje, um armazém desse recebe no máximo seis caminhões de milho por dia. É uma grande dificuldade”.

Produtores – Para minimizar os efeitos da deficiência logística os produtores cearenses estão organizando um sistema de compartilhamento do transporte. “Estamos mobilizando os sindicatos para que aqueles produtores que estejam interessados recebam o grão possam fazê-lo através da carona amiga. Se faltam dez produtores para receber o milho, eles podem representam um caminhão para o recebimento do milho na localidade. O acréscimo vai diminuir o custo da saca por produtor. É o esforço que a estamos fazendo para a apressar o recebimento da remessa na tentativa de encerrar este saldo”, diz o presidente da Associação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Flávio Saboya.

Ele também sugere incentivos para a produção de forragem e pastagem, além da construção de silos. A falta de alimento e estrutura para armazenagem, diz Saboya, é um gargalo para a produção leiteira do Estado.

Conforme mostrou a edição de terça-feira (3) do O POVO, cerca de 4,7 mil produtores pagaram e ainda não receberam o milho doado em abril pela União ao Governo do Estado. Das 30 mil toneladas que desembarcaram no Porto do Pecém em junho, 5,5 mil ainda estão armazenadas no porto. A doação foi medida emergencial contra os efeitos da seca, reforçando a distribuição feita Conab, que vem de caminhão.