As exportações da China continuaram a ganhar força em agosto, refletindo a melhora da demanda externa e revelando novos sinais de que a segunda maior economia do mundo está se estabilizando.
Mas as importações, embora tenham crescido frente ao registrado um ano antes, foram um pouco menos significativas e ajudaram o país a registrar um superávit comercial maior do que o esperado, de US$ 28,6 bilhões, no mês passado.
O saldo da balança comercial chinesa em agosto superou os US$ 17,8 bilhões de julho e ficou acima da previsão média de economistas ouvidos pela Dow Jones Newswires, que apontava para US$ 20,4 bilhões.
“A China está de volta”, disse Stephen Green, do Standard Chartered Bank. “Não será uma forte recuperação, mas está cada vez mais claro que o fundo do poço já foi atingido”.
As exportações cresceram 7,2% em agosto, na comparação anual, de acordo com dados da Administração Geral das Alfândegas divulgados neste domingo. O índice ficou acima dos 5,1% de expansão registrados em julho e superou a estimativa média de crescimento de 6%, segundo economistas.
As importações avançaram 7% em agosto, abaixo do crescimento de 10,9% apurado em julho. O percentual ficou abaixo da média projetada por economistas, que era de 11,7%.
Em agosto, as exportações chinesas para a União Europeia ainda mostraram fraqueza, com queda de 2% na comparação anual. Os embarques para os Estados Unidos, contudo, cresceram 6%. As vendas externas para o Brasil subiram 14% na mesma base de comparação.