A Agência para Agricultura e Alimentação das Nações Unidas (FAO) enviou um novo alerta à comunidade internacional sobre o vírus da gripe aviária H7N9 e H5N1, que continuam representando uma séria ameaça para a saúde humana e animal, especialmente na próxima temporada de gripe no hemisfério Norte, que vem se aproximando.
“O mundo está mais preparado do que nunca para responder ao vírus da gripe aviária depois de uma década de trabalho com o H5N1 e o H7N9. No entanto, requer uma vigilância constante”, disse o chefe do departamento veterinário da FAO Juan Lubroth, no decorrer de uma reunião conjunta com a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID), a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A reunião também contou com a presença dos chefes de laboratórios de referência da FAO na Austrália, China e EUA.
Os vírus da gripe aviária, acrescentou Lubroth, continuam a circular em aves. E os esforços devem ocorrer não só nos territórios onde os vírus são encontrados, mas também em países vizinhos. Nesse contexto, a FAO divulgou que vai destinar US$ 2 milhões para fundos de emergência e US$ 5 milhões para a USAID para implementar uma resposta ao H7N9.
O diretor do programa de ameaças emergentes da USAID, Dennis Carroll, disse que “a detecção precoce e a caracterização do vírus H7N9 por especialistas chineses criou uma oportunidade sem precedentes para organizar um esforço coordenado e impedir a propagação da vírus em todo o mundo”.
“O surgimento do vírus H7N9 é um lembrete de que novas ameaças de doenças não são exceção, mas uma consequência previsível do que acontece na interface entre humanos e animais”, disse Carroll.
Na luta de longo prazo contra o H7N9 e outros vírus, a FAO e a USAID vão tentar investir na melhoria da forma como alguns países comercializam suas aves.