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Exportação

Exportações das cooperativas mato-grossenses crescem 15%

De janeiro a setembro, MT faturou US$ 259,49 milhões. Ganho veio no aumento do volume embarcado, e não no preço.

Exportações das cooperativas mato-grossenses crescem 15%

A receita das exportações das cooperativas mato-grossenses registrou incremento de 15,6% nos primeiros nove meses deste ano em relação a igual período do ano passado. O percentual representa mais que o dobro do avanço do segmento no país, em 6,3%. O faturamento de mais de R$ 259,49 milhões superou, em US$ 35 milhões, o saldo consolidado em 2012 de janeiro a setembro, US$ 224,48 milhões. Apesar do avanço, a performance só foi superior porque as cooperativas exportaram volumes físicos 76% superiores ao embarcado no período de comparação. Foram 406 milhões de toneladas ante 229 milhões. Tudo para compensar a queda dos preços médios que recuou 34,65%, ao passar de US$ 0,98 para US$ 0,64, por quilo negociado.

Com o saldo de US$ 259,49 milhões, as cooperativas estaduais deixaram Mato Grosso na sexta posição do ranking nacional de exportações deste segmento. Encabeçam o ‘seleção’, São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina e Mato Grosso Sul. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

A receita local poderia ser superior. Muitos produtos exportados são produzidos no Estado, mas na hora de despachar recebem chancela de outros estados – onde estão as filiais de muitas empresas em operação em Mato Grosso – especialmente, Paraná e Rio Grande do Sul. A commodity mais movimentada dentro desta prática é o milho. A maior parte das exportações -via cooperativas – do cereal não teve Mato Grosso como domicílio fiscal.

A receita acumulada pelas cooperativas mato-grossenses de janeiro a setembro representam 5,53% do total contabilizado no país, pelo segmento. No mesmo período de 2012 a participação no bolo nacional era de 5,08%.

Na avaliação mensal, setembro contra setembro, o Estado mentem a sexta colocação, mas recuo de receita de quase 25%. Conforme o Mdic, a receita mensal somou US$ 27,35 milhões contra US$ 36,45 milhões. De um ano ao outro houve perdas de mais de US$ 9,10 milhões, mesmo com o incremento de 43,77% dos volumes embarcados. Em setembro a queda dos preços médios negociados foi mais intensa em relação à média do ano. O quilo teve valor retraído em 47,82%, ao sair de US$ 1,36 para US$ 0,71.

Destinos e produtos – Nesses nove meses, as cooperativas de Mato Grosso exportaram produtos agropecuários para 47 países, desde conhecidos mercados como a China e Países Baixos, como para Grécia, Egito, Kuwait, Alemanha, México, Austrália, Geórgia e Rússia, entre outros. Pelo perfil das cooperativas locais, a maior parte dos embarques é de algodão e remetidas a países já cativos do Estado no mercado da fibra, como Tailândia, Índia, Indonésia, Paquistão, Malásia e Vietnã. Além da fibra, muita soja em grão e tritura, bem como óleo bruto, milho, cortes congelados de suínos foram despachados. Entre a relação de produtos há registro de toneladas de feijão, café, couro, peles de repteis, correntes e cadeias de ferro e até diamantes, este último com destino a Hong Kong.

Brasil – A receita nacional teve aumento de 6,3% nos primeiros nove meses deste ano em relação ao mesmo período de 2012, alcançando US$ 4,694 bilhões, com participação de 2,6% das exportações totais do Brasil no período (US$ 177,65 bilhões). O valor é recorde para período na série histórica setorial, iniciada em 2007.

Entre os principais produtos exportados pelas cooperativas destacam-se: açúcar refinado (representando 17,3% do total exportado pelas cooperativas), soja em grão (14,1%), carne de frango (11,8%), farelo de soja (11,5%) e café em grão (10,1%).