No seu último relatório World Energy Outlook 2013, lançado neste mês, a Agência Internacional de Energia fez um panorama geral do mercado energético, com projeções para 2035. Neste cenário, o consumo energético dos países desenvolvidos (OCDE) será metade dos atuais países em desenvolvimento, segundo a organização. O Brasil recebe destaque em função do seu crescimento como fornecedor de petróleo, ao lado da América do Norte com seu e gás não convencional. De acordo com a agência, entretanto, o Oriente Médio, em função de ser a única região capaz de produzir petróleo com baixos custos, retoma a partir de meados da próxima década, a condição estratégica.
Embora o relatório mantenha o petróleo como energético básico, quase metade da nova energia agregada até 2035 será de fontes renováveis, com destaque para a China, que terá um crescimento desse setor maior do que Europa, Estados Unidos e Japão juntos. Com relação ao consumo absoluto, segundo o relatório, a partir de meados do próximo século, outros países tomarão a dianteira da China, como Índia e outros países do sudeste asiático. Para a Agência, o consumo de energia no Brasil crescerá 80% neste período. O relatório também indica que a eficiência energética está e se manterá longe do foco dos atores, mostrando que se deixa e se deixará de utilizar dois terços do potencial de ganhos de eficiência energética.