Rumores de que a China voltou a rejeitar cargas dos EUA movimentaram ontem o mercado de milho na bolsa de Chicago. Os papéis com entrega em maio (a segunda posição de entrega, normalmente a de maior liquidez) fecharam com perdas de 1,86%, a US$ 4,345 por bushel.
Segundo informações da agência Reuters, a China teria devolvido 2 mil toneladas de DDG (grão de destilaria seco, subproduto da produção de etanol de milho) vindas dos EUA. A quantidade é pequena, mas influenciou o mercado devido ao baixo volume de negócios após o Natal e do fechamento da bolsa de Londres por conta do feriado de Boxing Day.
Nas últimas semanas, os chineses rejeitaram carregamentos ao atestar a presença da variedade MIR 162, um grão transgênico da Syngenta cuja importação ainda não foi autorizada pelo país asiático. Estima-se que 500 mil toneladas de milho já tenham retornado da China aos EUA por esse motivo.
A China também colaborou para puxar para baixo os preços da soja em Chicago. Os papéis para março encerraram em queda 1,32% ontem, a US$ 13,0525 por bushel. Na semana passada, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) relatou o cancelamento da compra de 576 mil toneladas da oleaginosa, que seriam enviadas a “destinos desconhecidos” – que os traders acreditam ser a China. Muitos comerciantes acreditam que o país asiático intensificará os cancelamentos de compras dos EUA e realizará novas aquisições da oleaginosa na América do Sul – que iniciará a colheita em breve.
Já os contratos de trigo para maio permaneceram estáveis em Chicago, a US$ 6,1350 por bushel.