De acordo com um estudo divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), realizado em parceria com a Michigan State University, a utilização de antibióticos na alimentação de suínos aumentou o número de genes resistentes aos medicamentos em micróbios gastrintestinais de suínos.
Publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences, o estudo centrou-se na compreensão dos efeitos da alimentação convencional de suínos, via ração com antibióticos, em granjas dos EUA. “Para nosso conhecimento, este estudo é o primeiro de seu tipo a olhar para os impactos colaterais da alimentação com o uso de antibióticos em animais de produção. Utilizamos uma abordagem abrangente para detectar mudanças na função e na composição ou filiação da comunidade microbiana no trato gastrointestinal modelo do animal”, disse Torey Looft, pesquisador do USDA.
Os resultados adicionais incluem:
• Tanto a diversidade e abundância de genes de resistência a antibióticos aumentou nas comunidades microbianas intestinais dos suínos tratados com antibióticos. Estudos de longo prazo são necessários, de acordo com os pesquisadores.
• Alguns dos genes encontrados nos suínos tratados foram inesperados e, normalmente, ligados a antibióticos não utilizados no estudo.
• Genes microbianos associados à produção e uso de energia por micróbios aumentou em abundância nos suínos alimentados com antibióticos, que podem elucidar como antibióticos aumentam o crescimento e eficiência alimentar de animais.
• A presença de E.coli aumentou nos intestinos dos suínos tratados. Mais estudos são necessários para esclarecer essa observação, disseram os pesquisadores.
As informações são do site internacional Watt.