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Economia

Banco Mundial vê queda dos preços globais de alimentos

Preços globais caíram 8% de setembro a dezembro de 2011, encerrando o ano 7% abaixo dos níveis de dezembro de 2010.

Estande de frutas em supermercado da rede Pão de Açúcar, no bairro do Butantã
Estande de frutas em supermercado da rede Pão de Açúcar, no bairro do Butantã

Os preços globais dos alimentos devem cair ainda mais em 2012 à medida que uma economia mais fraca freia a demanda dos consumidores, enquanto as ofertas estão aumentando, avaliou o Banco Mundial nesta terça-feira, alertando que uma possível alta nas cotações do petróleo pode reverter essa tendência.

O Banco Mundial disse que os preços têm caído de maneira estável, mas a volatilidade está aumentando, em especial nos mercados de trigo, milho e arroz.

Em alguns países, os preços dos alimentos estão em níveis mais altos que em 2010, mantendo pressão sobre as famílias pobres, que gastam a maior parte de sua renda com os produtos alimentícios.

O banco aumentou seu monitoramento dos preços globais dos alimentos em 2009, durante a crise que afetou mais duramente os países importadores, destacando baixos investimentos em agricultura nos países em desenvolvimento.

Segundo o Banco Mundial, os preços globais caíram 8 por cento de setembro a dezembro de 2011, encerrando o ano 7 por cento abaixo dos níveis de dezembro de 2010.

“O pior aumento dos preços dos alimentos pode ter acabado, mas precisamos continuar em alerta”, disse Otaviano Canuto, vice-presidente do Grupo do Banco Mundial para Redução da Pobreza e Administração Econômica. “Os preços de certos alimentos continuam perigosamente elevados, colocando milhões de pessoas sob o risco de má nutrição e fome.”

O banco alertou, no entanto, que a queda estável nos preços globais pode ser interrompida se os padrões climáticos mudarem, ou caso os preços do petróleo subam, elevando a volatilidade e a demanda por biocombustíveis.

A volatilidade dos preços aumenta a incerteza e mantém os preços altos, pois produtores estão incertos de como precificar seus produtos.

A organização irmã do Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI), alertou na semana passada que os preços globais do petróleo podem subir até 30 por cento caso o Irã interrompa suas exportações, como resultado das sanções da União Europeia e dos Estados Unidos.