A expectativa de que a China compre grandes quantidades de milho no mercado internacional está impulsionando as cotações do cereal na Bolsa de Chicago. A alta já havia sido significativa na sexta-feira e no dia 12 se intensificou: o contrato do milho para entrega em maio avançou 2,25% e terminou a sessão a US$ 6,5950/bushel. A estatal de grãos Sinograin afirmou recentemente que continuará importando milho neste ano, se considerar necessário e lucrativo. No ano passado, isso ocorreu quando os preços internacionais ficaram abaixo dos locais. Mas atualmente ocorre o inverso, o que leva a crer que as eventuais compras da China podem ocorrer apenas no médio prazo. Embora a oferta esteja restrita, isso limita a valorização do produto. E também há o fato de o ministro de agricultura chinês, Han Changfu, ter dito que seu país ainda pode expandir a produção.
A alta do milho foi influência positiva para o trigo, já que ambos são usados como ração. Os lotes do trigo para entrega em maio fecharam em alta de 1,28%, cotados a US$ 6,5125 por bushel. Outro motivo para os ganhos foi a recompra de contratos por parte de investidores que deixaram de apostar na queda dos preços.
No caso da soja, também negociada em Chicago, o dia terminou negativo. Os contratos maio recuaram 0,24%, pois participantes do mercado embolsaram lucros obtidos em dias anteriores. Além disso, analistas estão preocupados com a possibilidade de os elevados preços da soja afetarem a demanda, embora seja prevista uma oferta global menor.