A perspectiva de aumento da safra de milho ainda depende de muitos fatores, por isso os produtores devem adotar estratégias para reduzir os riscos. A orientação é de Steve Cachia, analista de commodities da Cerealpar, corretora de cereais de Curitiba, Paraná.
Ele será um dos palestrantes do Tecnoshow Comigo, em Rio Verde, Goiás,que será realizado entre os dias 9 e 13 de abril. A apresentação do analista será no dia 11.
Para Cachia, mesmo se a expectativa de aumento na disponibilidade de milho no mercado mundial se confirmar, não haverá abundância do grão e, portanto, os preços não devem sofrer fortes recuos.
“O resultado da safrinha de milho no Brasil só será conhecido no final do semestre. Nos EUA, a plantação da esperada supersafra nem começou”, diz.
Além das influências climáticas, a crise econômica será um fator de peso no comportamento dos preços das commodities. “As mudanças globais tornam as cotações mais voláteis. O Brasil, embora seja um dos principais fornecedores de grãos do mundo, é também tomador de preços e, por isso é preciso redobrar a atenção.”
De acordo com o analista, foram reportados negócios a R$ 28,00 na quarta-feira, 4, para a saca de 60 quilos do grão, valor muito próximo do observado há um ano, quando o milho era negociado a R$ 29,00/saca no Porto de Paranaguá.
Soja – Os preços do grão continuam firmes no mercado e não há expectativa de queda. “Os estoques estão baixos nos EUA e, na América do Sul, a quebra da safra no Brasil e na Argentina devem continuar pressionando as cotações.”
Segundo o analista, a saca de 60 quilos no Porto de Paranaguá esta cotada em R$ 58,00, 14,2% acima do valor registrado no mesmo período de 2011, quando a saca custava R$ 49,00.