O presidente do Instituto Nacional da Carne Suina, Wolmir de Souza, representantes da Embrapa Suínos e Aves e de quatro frigoríficos da região do Alto Uruguai Catarinense (Afrib, Frigolaste, Friprando e Varpi) iniciaram ontem, 17 de abril, o debate para a aprovação do estatuto que cria a Associação dos Produtores de Carne e Derivados de Suínos do Oeste Catarinense (Aprosui). Esta, por sua vez, tem o objetivo de criar o Selo de Indicação Geográfica da carne suína do Alto Uruguai.
O Selo de IG delimita a área de produção de um certo produto, restringindo seu uso aos produtores da região (em geral, uma Associação) e onde, mantendo os padrões locais, impede que outras pessoas usem o nome da região com produtos de baixa qualidade. A IG não tem prazo de validade. Com isso, o interesse nacional por esta certificação é cada vez maior. Alguns exemplos de sucesso são o vinho do Vale dos Vinhedos e a carne bovina dos Pampas Gaúchos.
Para conseguir o selo de IG, a Associação, após a criação, terá que realizar um pedido de Indicação Geográfica ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial. O produto que levará o selo precisa ser característico da região, no caso da carne suína, o sabor está intrinsecamente ligado ao modo de produção e preparo, que é consequência da cultura e dos descendentes que colonizaram o Alto Uruguai de Santa Catarina.
Para Wolmir de Souza, presidente do INCS, esta é mais uma forma de incentivo e divulgação da carne suína. “O selo de IG será importante para a visibilidade da região que é pioneira na criação de suínos. O Alto Uruguai terá reconhecimento através da qualidade e do sabor da carne suína que é produzida aqui, desta forma valorizamos o produto e a cultura da nossa gente”, afirmou de Souza.
Além de agregar valor à carne suína regional, o objetivo de obter o selo de IG é também incentivar a produção e o processamento da carne suína através da criação de demanda. Para os frigoríficos que estão participando, é uma oportunidade de divulgar os produtos em todo território brasileiro.