O trabalho de pesquisa da Embrapa Meio-Norte com grãos, focando a cultura do milho, na região do Baixo Parnaíba Maranhense, será mostrado nesta quinta-feira 24, numa reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC. O evento será desenvolvido na Universidade Federal do Maranhão, no campus do município de Chapadinha, a 170 quilômetros de São Luís, com o título Sociedade e Agricultura Familiar.
Milton José Cardoso, doutor em fitotecnia – manejo de plantas – é o pesquisador da Embrapa escalado para mostrar os resultados dos estudos na região. O tema da palestra dele é Culturas Produtoras de Grãos no Baixo Parnaíba Maranhense – O Caso do Milho. O pesquisador participará da mesa-redonda “Os Impactos do Agronegócio na Região do Baixo Parnaíba”, que será coordenada pelo professor Jivanildo Pinheiro Miranda, da UFMA.
As pesquisas com milho na microrregião de Chapadinha, que compreende os municípios de Brejo, Anapurus e Mata Roma começaram em 2000. Há 12 anos são implantados e conduzidos experimentos com milho híbrido e milho variedade. As respostas aos ensaios são expressivas. Os números das safras de 2000 a 2009, por exemplo, mostram uma média de 6,11 toneladas por hectare nos experimentos com híbridos e de 5,14 toneladas por hectare com híbridos mais variedades.
O Baixo Parnaíba Maranhense tem uma área de 19.178,80 quilômetros quadrados. A região é formada pelos municípios de Água Doce do Maranhão, Anapurus, Araioses, Belágua, Brejo, Buriti, Chapadinha, Magalhães de Almeida, Milagres do Maranhão, Santa Quitéria do Maranhão, Santana do Maranhão, São Benedito do Rio Preto, São Bernardo, Tutóia, Urbano Santos e Mata Roma.
A população total da Região é de 411.525 habitantes, dos quais 219.641 vivem na área rural, o que corresponde a 53,37 % do total. Possui 30.020 agricultores familiares, 6.715 famílias assentadas e 14 comunidades quilombolas. O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano médio é 0,55.
No século 20, segundo Milton José Cardoso, que é pesquisador há 36 anos, as principais culturas temporárias, em regime de sequeiro, eram o arroz de terras altas, o milho, o feijão-caupi e a mandioca. No início do século 21, com a entrada da soja de baixa latitude, houve uma redução nas áreas ocupadas por bacurizeiros, piquizeiros, babaçu e buritis.