O preço do suíno reagiu no Rio Grande do Sul. A alta garantiu um pouco de folga para os criadores na hora de fechar as contas, mas ainda não foi o suficiente para recuperar os prejuízos. Foram muitos meses trabalhando no vermelho, recebendo pouco pela carne e pagando muito pela soja e o milho, ingredientes usados na ração dos animais.
O produtor independente de suínos Marino Birck, de Santo Cristo, noroeste do Rio Grande do Sul, que amargou valores muito abaixo do custo de produção, comemora a reação no preço da carne. “Hoje, estou recebendo R$ 2,80 por quilo. Meio ano atrás se carregava a cerca de R$ 1,60 a R$ 1,50”, diz.
Um dos motivos apontado pelos produtores para o aumento no preço do quilo do animal é a falta de suínos no mercado, o que ocorre porque alguns suinocultores desistiram da atividade no período da crise e outros reduziram o plantel.
“Em torno de 10% a 15% simplesmente fecharam as granjas. Mais uns 10% ou 20% reduziram o plantel”, diz Laurindo Vier, vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul.