O título deste artigo, acredito eu, que esta tenha sido a frase mais pronunciada nos últimos tempos. A única certeza ou esperança do nosso setor produtivo suinícola é Deus. A expectativa em torno das políticas públicas foi frustrada. As possibilidades de exportações, ao menos em escala maior, não se concretizaram e as tradicionais vendas de final de ano não estão sendo suficientemente capazes de assegurar lucratividade ao setor, mesmo valorizando os aumentos acontecidos.
Para quem acompanha estes artigos – que muitas vezes são verdadeiros desabafos de indignação – perceberam, assim como a própria editora que nos cede este espaço, que no mês passado não encaminhei meu artigo. Continuo trabalhando, acreditando com nossos propósitos que no próximo mês falarei sobre a “Boa Nova”, mas não quero ser um mero crítico as ações políticas deste governo. Este país vai explodir, sua economia ou base de sustentação, que é o agronegócio, está falindo. Vejo mais e mais empresas e famílias colocando suas vidas nas mãos de Deus. Inacreditável é que em pleno julgamento do mensalão, onde a roubalheira está evidenciada e com a economia indo ao fosso, ainda há eleitores satisfeitos! SE CONTINUAR ASSIM, O CELEIRO DO MUNDO VAI PASSAR FOME!
Grande parte, mais de 70% da próxima safra de soja, já foi comercializada com preços acima do normal.Teremos assim a certeza de que, se encontrarmos farelo de soja no mercado, estará incompatível com a realidade de quem produz proteína de origem animal. O milho chega a ter dois aumentos ao mesmo dia, e não estou dizendo que quem planta milho e soja é ou vai ficar milionário. Os insumos, grande parte dele, derivado de petróleo e mão de obra estão fora do normal.
Infelizmente, quando este governo acordar, será tarde demais e com certeza não encontraremos ninguém que tenha votado ou defendido este modelo de incompetência.
Por Wolmir de Souza, presidente do Instituto Nacional da Carne Suína (INCS)