Os dias de sol têm sido perfeitos para o campo que vai receber a soja. As máquinas que ficaram semanas paradas por causa da chuva e do excesso de umidade, agora ganham ritmo e aceleram o plantio na região noroeste.
À medida em que são depositadas as sementes no solo, as máquinas trazem de volta o otimismo ao campo. O sol, que agora colabora para o plantio da soja, no início do ano foi responsável pela seca que trouxe perdas de 90% nas propriedades gaúchas, afetou a economia e mudou até a paisagem.
Alguns meses atrás, uma enorme área estava cultivada com soja. Mais da metade foi perdida pela falta de chuva e o sol forte. Na propriedade, o agricultor Maurício Bortoli mais uma vez aposta na cultura para poder pagar os prejuízos ainda da última safra.
“No último verão, a gente teve um volume hídrico muito abaixo da expectativa, prejudicando toda questão produtiva da soja, que é a nossa cultura carro-chefe no verão. Mais uma vez optamos pela soja na tentativa de recuperar os prejuízos passados, tanto do verão quanto do inverno”, diz.
Em todo Rio Grande do Sul serão plantados cinco milhões de hectares de soja, área 10% maior que na última safra.