A ministra da Agricultura alemã, Ilse Aigner, pediu ontem, domingo (9), sanções severas contra os responsáveis pelo escândalo das dioxinas na Alemanha, numa entrevista ao jornal “Bil am Sonntag”, citada pela AFP.
Quando as primeiras medidas contra as importações de carne alemã foram tomadas na Coreia do Sul, Rússia e Eslováquia, Aigner afirmou que a justiça “deve intervir com severidade” contra os responsáveis.
O Ministério Público abriu um inquérito por infracção à legislação sanitária contra o patrão da “Harles und Jentzsch” – fabricante alemão que entregou em Novembro e Dezembro as rações contaminadas destinadas a animais para fabricação de alimentos. As suspeitas de burla e fraude fiscal pesam igualmente sobre si.
Aigner manifestou inquietação pelos produtores alemães obrigados a cessar a sua actividade por precaução, devido à contaminação por uma dioxina de alimentação animal.
“É um duro golpe para os nossos camponeses. Eles encontram-se nesta situação após manigâncias de algumas pessoas, quando estão inocentes e impedidos de negociar as suas mercadorias”, acrescentou.
No sábado, o número de explorações de porcos, galinhas e vacas forçadas a cessar as entregas na Alemanha baixou para 4.000, contra 4.700 na sexta-feira, com os resultados dos exames sobre a taxa de dioxinas a revelarem-se satisfatórios, segundo o Ministério da Agricultura.
O Ministério indicou igualmente esperar que outras explorações possam reabrir nos próximos dias.
Em Portugal, uma fonte do Ministério da Agricultura afirmou que a informação que há a nível europeu é de que nenhuma da carne contaminada saiu da Alemanha.