Após a forte queda de terça-feira, provocada pelas catástrofes recentes no Japão, algumas commodities agrícolas voltaram a subir nas bolsas internacionais. As cotações da soja, que atingiram na terça-feira limite de baixa, subiram ontem 1,34% na bolsa de Chicago, com o contrato para julho fechando a US$ 12,9525 por bushel. O café não recuperou toda a queda do dia anterior, mas subiu 0,91% em Nova York. O contrato para maio do grão encerrou o dia a US$ 2,6535 por libra-peso.
Mas o mercado ainda continuou penalizando o milho e o trigo, que voltaram a cair em Chicago. O Japão é o maior comprador de milho do mundo, por isso, analistas acreditam que o desastre nuclear no país asiático vai afetar a demanda pelo grão americano. O contrato com vencimento em julho fechou ontem em queda de 2,91%, a US$ 6,2375 o bushel, retração de 18,75 centavos de dólar. “A situação tem potencial de reduzir a demanda pelo grão dos Estados Unidos”, disse à Bloomberg Gregg Hunt, analista de mercado da Archer Financial Services.
O trigo teve queda de 0,64% na bolsa de Chicago, com o contrato de julho fechando a US$ 6,96 o bushel, retração de 4,50 centavos de dólar. O Japão é o 5º maior comprador mundial do cereal.
No mercado interno, os preços do milho permaneceram estáveis em Rondonópolis (MT), com vendedores pedindo R$ 24,50 por saca, o mesmo valor dos últimos dois dias, segundo o Imea/Famato. Já o trigo no Paraná fechou em alta de 0,04% com a saca a R$ 26,49, segundo o Deral/Seab.