Quem conhece de fato seu candidato vota nele ou quem conhece não vota, nem pagando. Sugiro, o que não é conselho de agora, que cada eleitor veja ou esteja nos parlamentos para acompanhar o dia a dia do seu candidato. A cada viagem a Brasília, Florianópolis e não é diferente em cada capital ou mesmo município onde as coisas efetivamente acontecem, ou são feitas para não acontecer, ali se tem a sensação de estar literalmente no comando de uma aeronave, de posse de todos os comandos, para fazer a decolagem, voos rasantes, subir as alturas e alcançar o ponto ideal de equilíbrio ou apenas se manter aéreo, inclusive dos interesses nossos que somos simplesmente passageiros e as atribuições são única e exclusiva do piloto e comandante, e tudo isso acertado ainda antes do embarque. Até que temos direito a um cafezinho e um lanche mas não podemos intervir na rota ou destino da aeronave, mas temos uma certeza, se nenhum fato anormal acontecer, chegaremos no destino ante proposto.
Percebe se nitidamente dois modelos de parlamentar: aquele cujos assuntos apenas dizem respeito a si próprio ou a uma minoria da população, que pouco ou nada sabe em relação as dificuldades e necessidades da grande maioria, e aqueles que se desdobram ao tentar corresponder aos anseios de seus eleitores e da grande camada da população. Literalmente me senti orgulhoso com os parlamentares que defendem com segurança e acima de tudo, conhecimento as causas ambientais e econômicas do nosso país, por outro lado fiquei intrigado ao ver cidadãos que, foram eleitos pelo voto popular e se quer conhecem suas reais necessidades. Nos longos e continuados debates sobre o novo código ambiental brasileiro, onde a maioria conscientemente defende a mudança pois sabe que conciliar preservação ambiental com sustentabilidade econômica é pratica cotidiana na vida do produtor rural, se deparam com a petulância e arrogância de quem não merece nem mesmo sabe de onde vem o seu feijão e o de milhares de brasileiros, não se dá o luxo de vir conhecer a qualidade de nossa água, saber de fato o que é MEIO AMBIENTE, onde esquecem que nele também está inserido o homem, e se tivermos que em algum momento sacrificar o homem para salvar a natureza, está equivocado pois não é este o projeto divino. Pensava eu de que após o projeto discutido e revisado seria votado pelo método democrático, a maioria vence; mas aqueles que fazem realmente seu papel de representar os interesses do povo na busca de uma unanimidade que inexiste, porque assim também acontece com os princípios de quem lá está, se sujeitam a ouvir barbaridades que se ditas diante de um povo que trabalha e não é sequer respeitado dentro de seus valores nem mesmo reconhecido pela sua dedicação e compromisso de alimentar a humanidade, por certo seria linchado.
Certamente acredito que se cada eleitor conhecesse a pratica real do seu representante teríamos menos idiotas que atrasam a vida do país, dificultam a vida do parlamentar que trabalha para o bem do povo e que o custo do seu salário é dividido inclusive e principalmente entre aqueles em que ele mais condena mas que ao alimentar a humanidade, pagam seus impostos em dia. Não sejamos meros passageiros, ou ao menos antes de embarcar vamos procurar conhecer o piloto, a rota e o destino.
Wolmir de Souza, presidente do Instituto Nacional da Carne Suína (INCS)