Adversidades climáticas na América do Norte e na Europa e a queda do dólar diante de outras moedas no mercado internacional durante boa parte do dia determinaram uma forte valorização dos preços dos grãos ontem na bolsa de Chicago.
Percentualmente, a maior alta foi observada no mercado de trigo. Os contratos com vencimento em setembro, que ocupam a segunda posição de entrega (normalmente a de maior liquidez), subiram 51,25 centavos de dólar por bushel, ou 6,35%, e encerraram a sessão a US$ 8,5850. Com isso, a segunda posição passou a acumular ganhos de 7,15% em maio, de 4,6% em 2011 e de 76,92% nos últimos 12 meses, conforme o Valor Data.
No caso do milho, a segunda posição (setembro) registrou alta de 24,75 centavos de dólar por bushel (3,53%), fechou a US$ 7,1750 e agora apresenta valorizações acumuladas de 12,73% neste ano e de 94,84% em 12 meses. Na soja, a segunda posição (agosto) subiu 36,50 centavos de dólar (2,73%) e o ganho em 12 meses passou a 47,01%. Em 2011, entretanto, ainda há retração de 2,16%.
Se a oscilação do dólar influenciou as altas das três commodities agrícolas de maior liquidez internacional, os problemas climáticos tiveram mais efeito no trigo, cuja oferta encara estiagem em regiões da França e chuvas em excesso nos EUA e no Canadá. No milho, a situação americana é mais preocupante porque o plantio no país já está atrasado. A soja pegou “carona” nas altas de trigo e milho.