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Exportação

Suinocultor perde mais com embargo russo

Data-limite do começo do embargo russo às carnes brasileiras, que ocorre hoje, gera apreensão na pecuária brasileira, que se prepara para medidas emergenciais. Agroindústrias pretendem suspender aquisições de animais.

A data-limite do começo do embargo russo às carnes brasileiras, que ocorre hoje (15), gera grande apreensão na pecuária brasileira, que se prepara para medidas emergenciais. Os principais afetados deverão ser suinocultores. Frigoríficos e cooperativas confirmaram ontem seus planos de suspender aquisições de animais caso as exportações sejam suspensas hoje.

Ontem o Ministério da Agricultura do Brasil divulgou uma nota em seu site, esclarecendo alguns pontos levantados pelo governo russo em um site oficial daquele país. No documento brasileiro consta pedido de suspensão do embargo e que a Rússia confirme uma data de reunião com a delegação brasileira. A expectativa “do Ministério da Agricultura e do setor exportador é de confiança em que as negociações serão bem-sucedidas e que o embargo será suspenso”. Uma das saídas apontadas pelo setor de suínos é a disponibilização da carne no mercado interno, sob a pena de uma grande desvalorização. Entretanto, essa medida pode afetar diretamente os pequenos produtores independentes, que normalmente vendem seus animais a empresas processadoras.

Rússia e Brasil são considerados os países menos abertos ao comércio internacional dentro do grupo conhecido como BRICS, composto também por Índia e China, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Estes dois últimos, de um modo geral, adotam práticas protecionistas somente para o que produzem com maior intensidade. A China, por exemplo, tem taxas menores para peças que ajudem a produzir bens de alta e média tecnologia. A Índia adota a mesma prática, mas tem taxas altas para commodities produzidas no País, com taxas que podem chegar a 35%, segundo o levantamento do Ipea.