A Unifrango, holding que congrega 17 empresas avícolas do Paraná, chega às grandes redes de supermercados de São Paulo em novembro. Nos últimos anos, a marca ganhou espaço em Manaus. Ao completar uma década de atividade, o grupo tenta conquistar o maior mercado consumidor do país. Os abatedouros criaram um sistema que permite a venda de 25% da produção avícola do estado com marca única: Unifrango.
Ao longo de dez anos, o maior desafio do grupo, segundo o presidente da empresa, Domingos Martins, foi unir e organizar os interesses dos associados para somar forças. “Parece ser algo complexo por ser novidade no Brasil a união de abatedouros, mas é simples e fácil de entender por que deu certo. Todos querem vender mais e ganhar dinheiro. E esse é nosso principal objetivo, fazer com que todos ganhem com as operações.” Ele afirma que a marca única permite à holding enfrentar os grandes líderes do setor. “Isso já é uma conquista muito forte”, pontua.
Para o gerente executivo da Unifrango, Pedro Henrique de Oliveira, o segredo está no poder de compra que a união trouxe ao grupo, inclusive para exportações. “Para competir com as líderes do mercado, não existe outro caminho a não ser a união das empresas. E foi exatamente isso que fizemos com a criação da Unifrango. A compra e a venda coletiva é o segredo do negócio e isso aumentou nossa competitividade.”
A Unifrango representa o abate de 2 milhões de cabeças de frango por dia: 4,4 mil toneladas de carne branca. Desse total, 30% são destinados à exportação. Na criação de pintainhos, é líder nacional, com 2,2 milhões por dia. “Cerca de 70% das nossas atividades estão focadas no consumidor interno. No ano passado, movimentamos R$ 500 milhões”, acrescenta Oliveira. Ele estima que o faturamento deve crescer 8% neste ano.
A marca paranaense deve chegar ao estado depois de se consolidar no mercado paulista. A decisão deve seguir um cronograma de expansão dos negócios da Unifrango, ainda em elaboração.
A partir de outubro deste ano, a Unifrango fará o primeiro embarque com a marca própria para fora do Brasil. Um cliente de Cuba vai receber 3 mil toneladas de carne mecanicamente separada, matéria-prima para a produção de embutidos de frango.