* Por Andre Lobo Faro
Quantas pessoas a terra pode sustentar? Essa pergunta já se tornou tema de livros e ainda provoca polêmica entre especialistas. Alguns teóricos chegam a defender que o desenvolvimento da medicina e seus recursos podem ser responsáveis por um surto demográfico no planeta. Segundo a Divisão de População das Nações Unidas, até o final de 2011, seremos 7 bilhões de pessoas no mundo, enquanto, em 1930, não passávamos de 2 bilhões.
Se em menos de um século a população mundial quase quadriplicou, deveríamos cogitar que os recursos disponíveis para a existência da humanidade teriam também de ter crescido quatro vezes nesse período – mas sabemos que não é essa a realidade. Ouvimos constantemente notícias sobre escassez de água ou falta de terras férteis em nosso planeta.
Por isso, precisamos cada vez mais buscar um novo olhar para as soluções já existentes – o que nos poupa tempo e, muitas vezes, dinheiro. Um mesmo recurso pode ser fonte de múltiplos benefícios. O eucalipto, por exemplo, além de ter se tornado uma fonte de renda promissora para produtores rurais através do reflorestamento, tem chamado a atenção de outros setores. Em Candeias (BA), uma organização de energias renováveis passou a utilizar a árvore para cogerar energia elétrica em uma empresa da região.
O eucalipto caiu no gosto da indústria cosmética e farmacêutica, sendo manejado para a utilização em essências e cremes, além da tradicional extração de mel por meio de programas de apicultura. A árvore também se tornou um dos principais recursos para o setor carvoeiro – somente em 2008, estima-se que quase um milhão de hectares de florestas plantadas de eucaliptos abasteceu fornos de diversos níveis tecnológicos para a geração do carvão vegetal destinados ao consumo industrial e doméstico no país.
Mais uma inovação está por vir: a transformação da celulose em etanol em escala comercial. Diversos experimentos foram realizados com sucesso e esta tecnologia deverá revolucionar o mercado internacional de etanol em expansão. A expectativa é que novos países fornecedores entrem no setor, o que dará maior liquidez e credibilidade aos compradores, ajudando na consolidação desta àrea global. E o Brasil, certamente, irá figurar como um importante player.
Para que o manejo inteligente desses recursos seja real, empresas de equipamentos para a plantação e colheita do eucalipto já estão fornecendo produtos que atendem a essa demanda. Este é o caso da Husqvarna, empresa sueca que desenvolve potentes máquinas para o manejo de florestas, possibilitando a poda e o corte de árvores, de forma equilibrada.
Com o correto manejo de uma plantação, a sociedade obtém ganhos em diversos segmentos. O eucalipto é apenas um exemplo do que podemos fazer com qualquer tradicional método de encarar os recursos naturais, basta estar disposto a imaginar novos horizontes – e, claro, garantir os equipamentos mais avançados para tal.
*Andre Lobo Faro é Gerente Nacional de Vendas da Husqvarna, líder no fornecimento de equipamentos para o manejo de áreas verdes