A correria para a produção de mais milho está fazendo com que o cereal volte ocupar a proporção considerada ideal no sistema de rotação de culturas, depois de dois anos de recuo. É o que ocorre nos 210 mil hectares de abrangência da Cotrijal, cooperativa gaúcha de Não-Me-Toque. “Nossa meta é fazer com que o plantio seja de dois terços de soja e um terço de milho”, conta Gelson Melo de Lima, diretor de Produção Vegetal da empresa.
A Cotrijal – que atende 1,2 mil produtores- registra índices de produtividade tidos como referência no Rio Grande do Sul. Foram atingidas médias de 3,6 mil quilos de soja por hectare e de 10,9 mil kg/ha de milho na última safra. O sistema de rotação – em que o milho ocupa o lugar da soja pelo menos uma vez a cada três anos – é uma das bases desse desempenho. As médias do estado foram de 3,1 mil para a soja e 6,9 mil kg/ha para o milho, em 2010/11.
O produtor Airton Becker não abre mão dessa relação 3/7 em Boa Vista do Cadeado, onde as estiagens são mais severas. Além disso, ano após ano, amplia a área irrigada, que representa um terço dos mil hectares plantados anualmente. Para ele, a qualificação da produção e o investimento em insumos são a única saída para elevar a produção e a renda no campo.