Os inflados preços dos alimentos na China estão finalmente cedendo. Nos primeiros meses do ano, os altos preços dos vegetais e, na sequência, da carne suína, contribuíram para uma persistente e desconfortável alta inflação no país.
A inflação ao consumidor na China atingiu a máxima de 6,5% em julho e permaneceu persistentemente elevada nos meses seguintes. Mas o alívio pode estar a caminho. Os preços da carne suína e de outros produtos agrícolas começaram a desacelerar em outubro.
A alta da carne suína medida pelo Ministério do Comércio caiu para 42% ao ano em outubro, de 50% em setembro. O índice de preços dos alimentos no atacado do Ministério da Agricultura apontou uma alta de 11,3% ao ano no mês passado, de 16% em setembro.
Considerando que os alimentos respondem por cerca de um terço da cesta do índice de preços ao consumidor da China e todos os demais elementos permaneceram relativamente estáveis, o indicador de inflação da China – a ser divulgado nesta quarta-feira – deve apontar uma considerável queda na taxa. A previsão média de 12 economistas entrevistados pela Dow Jones Newswires é de uma queda da inflação ao consumidor para 5,4% ao ano em outubro, de uma alta de 6,1% ao ano registrada em setembro.
Esse número ainda estará fora da zona de conforto do governo chinês, mas a desaceleração da inflação poderá dar a Pequim um incentivo para proporcionar algum apoio ao crescimento econômico.