Sabe aquele óleo de cozinha que você não sabe o que fazer depois de utilizar? Na maioria das vezes, esse óleo é jogado na pia, no ralo ou mesmo no lixo comum. Essa é uma forma inadequada de descarte, pois causa danos irreversíveis ao meio ambiente, bem como entupimento de canos e gera uma enorme dor de cabeça para os moradores do apartamento.
Muita gente não sabe, mas o óleo de cozinha pode ser reciclado e assim, receber um destino correto. Se reaproveitado, ele pode se transformar em matéria prima para a confecção de vários produtos, como resina para tintas, sabão, detergente, glicerina, ração para animais e biodiesel.
Em Cuiabá, um exemplo bem sucedido de reciclagem é o “Projeto Óleo Limpo Plaenge”, realizado pela Plaenge em parceria com a Maxivinil. Cada morador recebe um kit contendo dois coletores individuais de um litro e uma cartilha de recomendações. Quando os recipientes estiverem completamente cheios, os moradores levam até o coletor principal, que está situado no subsolo do condomínio.
Segundo o diretor regional da Plaenge, Rogério Fabian, o projeto foi lançado em maio no empreendimento Anita Malfati. “Fizemos um período de experiência no Anita Malfati e estamos expandindo o projeto em novembro para o empreendimento Duets”, afirma.
A boa repercussão do projeto chamou a atenção da síndica do Duets, Gicelda Fernandes. Segundo ela, os condôminos já havia algum tempo gostariam de realizar a reciclagem do óleo, e assim que ficaram sabendo do projeto aderiram à idéia. “Além de demonstrar a responsabilidade ambiental, traz um grande benefício para o condomínio, pois ajuda na preservação do nosso patrimônio. Todos sabem que se o óleo é jogado no ralo contribui diretamente para o entupimento dos canos”, observa.
Para a condômina do Anita Malfati, Ingeburg Schutv de Jesus Bagolin, foi maravilhosa a ideia, um exemplo de responsabilidade ambiental, não só na teoria como na prática. “Além de incentivar os moradores a não descartar o óleo de forma incorreta, ainda permite que o condomínio troque o que seria lixo por tinta”, ressalta.
Mesmo antes do projeto, Ingeburg já separava o óleo em um recipiente e entregava separado para o lixeiro. “Antes eu já fazia essa seleção, porém eu não sabia se ele era descartado corretamente, agora eu tenho a certeza que sim”, relembra.
O diretor da Plaenge ainda salienta que além de trazer benefícios ao meio ambiente, o projeto faz com que o óleo coletado seja reaproveitado e usado de uma forma alinhada aos negócios da Plaenge. “Após esse processo de recolhimento a Maxivinil irá transformar o óleo em resina, que serve de matéria prima para a confecção de produtos utilizados na construção, incluindo a tinta. Criamos assim um ciclo, que preserva o patrimônio do nosso cliente e a natureza”, relata Rogério Fabian.