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Agroindústria

BRF na bovinocultura

Presidente da Brasil Foods descarta a aquisição de ativos em carne bovina antes da decisão final do Cade sobre a união entre Perdigão e Sadia.

BRF na bovinocultura

O presidente da Brasil Foods José Antonio do Prado Fay descarta a aquisição de ativos em carne bovina antes da decisão final do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre a união entre Perdigão e Sadia. “A decisão sobre se vamos ou não crescer hoje em carne bovina não vai acontecer antes da aprovação [do negócio] pelo Cade”, afirma. Atualmente, a capacidade de abate da BRF é de 4 mil cabeças de bovinos por dia, mas a utilização está em 50%.

Diante do recente movimento de consolidação no setor, surgiram especulações em relação ao possível interesse da Brasil Foods em ativos de carne bovina. Fay diz, porém, que existem “empresas para consolidar ainda em muitas áreas”. “Temos de pensar o mundo como uma empresa de alimentos”, acrescenta.

Há também outros capítulos na história da união entre Perdigão e Sadia para serem definidos antes de novos passos. O presidente da BRF considera que o ritmo do processo no Cade está dentro do esperado diante da complexidade da operação.

Em julho, Sadia e Perdigão assinaram acordo com o órgão pelo qual se comprometeram a não unir suas plataformas industriais até a decisão final. O objetivo é preservar as estruturas das empresas em separado para que uma eventual decisão contrária à união possa ser revertida. Em setembro, o órgão permitiu que unificassem as operações de exportação de carne in natura. Agora, analisa outra solicitação: as empresas querem unir suas operações de compra e venda de carne bovina e coordenar a aquisição de insumos e serviços.

Enquanto aguarda o Cade, a Brasil Foods mostra certo otimismo em relação ao mercado este ano. Segundo Fay, já se vê uma recuperação das exportações para Oriente Médio, Japão e África. “O problema persiste na Europa, onde existe sobreoferta”, diz. Outro dado positivo é o dólar, que dá sinais de mais estabilidade, avalia. O executivo não espera alta de custos este ano, já que a América do Sul colhe uma “bela” safra de soja e o dólar está mais baixo, na média.