Problemas na economia dos Estados Unidos e indicadores de safras com tamanho recorde derrubaram os preços do milho recentemente, 20% em relação ao pico de 2009. No entanto, analistas afirmam que o movimento é apenas um recuo temporário, enquanto a economia se recupera e a demanda por etanol apresenta fundamentos confiáveis.
Em nota, analistas do Commerzbank disseram que “cerca de um terço da produção doméstica de milho dos Estados Unidos está sendo usada para produção de etanol, e esse volume deve se expandir ainda mais”. Sendo assim, “isso deverá puxar os preços”. Nos Estados Unidos, o etanol é feito principalmente de milho, uma vez que o país é o maior produtor e exportador mundial. Utiliza-se o biocombustível na mistura com a gasolina.
“Neste ano, 12,95 bilhões de galões de combustíveis renováveis estão no mandato para utilização em outros combustíveis vendidos nos Estados Unidos; mais do que os 11,1 bilhões de galões de 2009”, observou o editor de combustíveis refinados da Telvent DTN, Brian Milne.
Embora esse dado não corresponda apenas ao etanol, “a demanda por etanol continuará crescendo com o mandato, que vai até 2022”.
A utilização de milho para produção de etanol já cresceu aproximadamente cinco vezes desde o ano 2000, para 3,6 bilhões de bushels em 2008 (91,44 milhões de toneladas), de acordo com a Associação Nacional de Produtores de Milho, que usou dados preliminares para 2008. As informações são da Dow Jones.