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Economia

Frete maior no MT

Safra recorde de soja e o excesso de milho nos armazéns eleva valor do frete no Estado do Centro-Oeste.

A perspectiva de safra recorde de soja e o excesso de milho nos armazéns estão impulsionando o valor do frete neste início de colheita em Mato Grosso. A alta é de 25% em relação ao mesmo período de 2009, quando o custo para escoar a produção até o porto estava em R$ 180/tonelada, e de 7% sobre o maior valor registrado em 2009.

Hoje, o custo para transportar soja do médio-norte do Estado até o Porto de Paranaguá (PR) é de R$ 225/tonelada, ante R$ 210/tonelada no início de março de 2009, pico do escoamento.

“O frete está alto e só tende a piorar com o avanço da colheita”, diz o diretor do CentroGrãos, centro de comercialização da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), João Birkhan. O diretor da Agrosecurity, Fernando Pimentel, diz que o alto nível dos estoques de milho, a expectativa de boa colheita na safra de verão e o aumento da área de milho safrinha tendem a puxar ainda mais os custos do frete. “Não dá para escoar soja e milho simultaneamente.”

Diante disso, os produtores usam os armazéns apenas como área de transbordo, para secagem da soja, que logo é transportada para os portos. Ele explica que este tipo de operação demanda um número muito maior de veículos, o que acaba elevando ainda mais o frete.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, explica que o frete hoje em Sorriso representa 42% do valor dos R$ 28 da saca de 60 quilos de soja.