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Soja em alta no USDA

Como o mercado esperava, estimativa do Departamento de Agricultura dos EUA para os estoques finais da safra 2010/11 foram reduzidos.

Setenta pontos de alta. Foi assim que a soja passou a última sexta-feira (08/10) na Bolsa de Chicago. Do início ao fim do pregão os contratos futuros da oleaginosa grudaram no teto do limite de alta e não saíram de lá. Com este desempenho, a soja também conseguiu sacudir a poeira do balanço semanal, que terminou com ganhos próximos de 80 pontos nos principais vencimentos. O contrato novembro/10, cotado a US$ 11,35 no final dos trabalhos, avançou 70 pontos e subiu 78 pontos ao longo da semana. O maio/11 também acabou no limite de alta, a US$ 11,5725 por bushel, ou 79 pontos acima do fechamento de sexta passada.

O estopim da disparada do grão foi o relatório de oferta e demanda mundial que o USDA divulgou na última sexta-feira pela manhã, antes da abertura do pregão. Surpreendendo boa parte do mercado, o órgão cortou a estimativa de produção nos EUA, com reduções nas estimativas de área e de produtividade. Ainda que a previsão do USDA continue sendo recorde, o volume ficou bem abaixo da expectativa média dos traders, que falavam em aumento para algo em torno de 95 milhões de toneladas.

Como o mercado esperava, o USDA ainda reduziu a sua estimativa para os estoques finais da safra 10/11. O resultado, porém, veio melhor que a encomenda. A estimativa mostrada pelo USDA ficou bem abaixo da aposta média dos traders. Mais do que isso, o volume caiu o bastante para colocar a relação estoque/consumo do grão para baixo de 10% e, com isso, acender a luz amarela para o abastecimento do grão nos EUA. O relatório do USDA marcou mais um round na briga por área no próximo plantio norte-americano. Antes de o documento ser divulgado, o mercado já falava na necessidade de o milho “roubar”, pelo menos, 800 mil hectares da soja para equilibrar oferta e demanda.